Instituto Hera

Notícias Hera

Voltar

Métodos Anti-Concepcionais

Publicado em: 24.07.2013

Todos os métodos anticoncepcionais são eficazes na prevenção da gestação, mas a sua eficácia varia de um para outro.

Importante ressaltar que no período inicial de uso, assim como na troca, deve-se sempre usar método combinado (associar preservativo), para garantir sua eficácia.

Para facilitar a compreensão dos métodos existentes, segue uma lista dos tipos, método de uso, indicações, contra-indicações e sua eficácia. 

MÉTODOS COMPORTAMENTAIS

Abstinência Sexual

  • Ação: Significa não ter relações sexuais.
  • Método seguro para prevenção da gestação indesejada, geralmente não é usada para este fim, e sim como parte de um contexto religioso, familiar ou social.  

Coito Interrompido

  • Ação: É a retirada do pênis, ainda ereto, durante o ato sexual, antes da ejaculação.
  • Alto indice de falha: de 8 a 28% ao ano.

Tabelinha ou Método Rítmico

  • Ação: funciona mais para quem QUER engravidar, do que para quem não quer. Só pode ser realizada se os ciclos menstruais são extremamente regulares.
  • Modo de fazer: Contam-se 15 dias ANTES do dia esperado para a próxima menstruação (por isso é necessário ciclo regular); deste dia, subtraem-se 2 dias, e somam-se 2 dias… este é seu periodo fértil.
  • Exemplo: em um ciclo de 28 dias, se menstruar no dia 1, é esperado que menstrue novamente dia 29 (28 dias após o primeiro dia do último ciclo menstrual). Quinze dias antes, é exatamente dia 14. Então o período fértil é do dia 12 ao dia 16.
  • Taxa de falha: de 10 a 21% ao ano.

MÉTODOS DE BARREIRA

Únicos que protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Preservativo

  • Ação: Serve tanto para planejamento familiar (prevenção de gravidez), quanto para evitar contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST), pois impede a troca de secreções.
  • Existe a camisinha masculina (mais usual) e a feminina.
  • Deve ser usada corretamente, colocada no pênis ereto, antes do início do ato sexual, e retirada após a relação sexual, ainda com o pênis ereto. Não abrir a embalagem com tesoura ou dente: isso pode danificar a borracha.
  • Taxa de falha: de 2% até 18% ao ano.

MÉTODOS HORMONAIS

  • Contra-indicações: paciente tabagista acima de 35 anos, com antecedente de eventos tromboembólicos, enxaqueca com sinais neurológicos focais (com “aura”), diabetes melitus com alterações vasculares, doença hepática grave, sangramento vaginal não diagnosticado ou com câncer hormônio dependente.

Injeção intramuscular

As injeções são hormônios anticoncepcionais, aplicados nas regiões glútea.

Mensal:

  • Semelhantes ao anticoncepcionais orais combinados.
  • Mantém menstruação (geralmente no interval entre as aplicações).
  • Indicações: para quem esquece de tomar pílula diariamente.
  • Contra-indicações: distúrbios da coagulação e demais contra-indicações do uso hormonal.
  • Taxa de falha: 1% ao ano.

Trimestral:

  • São compostos apenas de um hormônio (medroxiprogesterona).
  • Não acontece menstruação regular (entretanto, pode ocorrer um sangramento irregular em pequena quantidade, o “spotting”.
  • Indicações: permitido no período do aleitamento, e no período próximo à menopausa.
  • Contra-indicações: quem deseja engravidar (é o único método associado a um período de infertilidade após o uso) e adolescentes (associado a baixo ganho de massa óssea).
  • Efeitos adversos: Pode causar um ganho de peso.
  • Taxa de falha: 2% ao ano.

Pílula Anticoncepcional

  • Pode ser utilizada com a finalidade contraceptiva, ou como auxiliar no tratamento de doenças, como a dismenorréia (cólica intensa), endometriose e SOPC (Síndrome dos Ovários Policísticos).
  • Modo de uso: iniciar a primeira cartela no primeiro dia da próxima menstruação. Se uma mulher começar a tomar a pílula em outro período do ciclo menstrual, ela deve usar outra forma de contraceptivo por sete dias, pelo menos.
  • A eficácia do método está diretamente relacionado ao uso correto (todos os dias, sempre no mesmo horário). Em caso de esquecimento, no dia seguinte pode tomar 2 pílulas ( indicado uso de condom concomitante). Em caso de esquecimento de mais de 1 comprimido, interromper a cartela e esperar menstruar.
  • Existem pílulas de diversas combinações de hormônios, de uso por 21, 24 ou mesmo uso contínuo (sem pausa). Seu uso deve ser avaliado tanto pela paciente quanto por ginecologista, para avaliar qual o melhor tipo de hormônio, e em qual dose deve ser utlizado em cada caso.

Progesterona:

  • Ação: inibem a ovulação e espessam o muco cervical, impedindo a passagem dos espermatozóides.
  • Modo de uso: tomar 1 comprimido (cp) ao dia, continuamente.
  • Indicação: usada durante a amamentação.
  • Efeito adverso: tem um índice de falha maior do que os contraceptivos orais combinados. Deve ser usada corretamente e sem atrasos. Pode causar alterações menstruais e “spottings”.
  • Taxa de falha: 0,5% ao ano.

Combinada (estrógeno + progesterona):

  • Ação: inibe a ovulação, enquanto utiliza o método (não causa esterelidade posterior).        
  • Modo de uso: tomar 1 cp ao dia, durante o tempo programado, fazer a pausa que cada cartela orienta (4 ou 7 dias), e recomeçar uma nova cartela após.
  • Combinada contínua: não há pausa no uso, e não há menstruação.
  • Não está indicada durante período da amamentação.
  • Taxa de falha com uso ideal: entre 0,3 % ao ano quando usada corretamente, até 8% ao ano.

Adesivo Anticoncepcional

  •  Modo de uso: na embalagem, vêm 3 adesivos: cada um tem duração de uma semana. Colocar sempre sobre a pele limpa a seca, em local que não pegue sol. Não pode ser colocado nas mamas (sugerido no braço, abaixo da barriga, nas costas ou na nádega).
  • Vantagem: a mulher não precisará tomar a pílula todos os dias e é mais difícil de esquecer. Além disso, os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação, evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral, pela passagem no trato gastro-intestinal.
  • Taxa de falha: 1 a 2% ao ano.

Anel Vaginal

  • Modo de uso: o anel é inserido pela própria paciente. A mulher deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-lo mais. Após colocado corretamente, não é sentido nem pela paciente, nem pelo parceiro durante o ato sexual. A colocação deve ser feita no 5º dia da menstruação e deve permanecer no local por 21 dias (3 semanas). Para retirar o anel basta inserir o dedo na vagina e puxar o anel. Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e um novo anel deve ser utilizado no próximo ciclo.
  • Indicação: mulheres que não se importam em se tocar, que preferem a praticidade do método, associado aos poucos efeitos colaterais.
  • Taxa de falha: 1 a 2% ao ano.

Implante Anticoncepcional

  • Implante é uma pequena cápsula contendo hormônio (progesterona), colocado com anestesia local, na face medial do braço, sub-dérmico.
  • Método de uso: introduzida em baixo da pele por meio de um aplicador descartável.


  • Duração: aproximadamente três anos.


  • Indicação: pode ser usado na amamentação.
  • Efeitos adversos: pode haver sangramento irregular
.
  • Taxa de falha: de 0,2 % no primeiro ano a 1,1% no quinto ano de uso.

 DISPOSITIVO INTRA-UTERINO (DIU)

O DIU é um dispositivo colocado dentro do útero, pelo médico, no consultório. Não há necessidade de anestesia, apesar de ser um procedimento um pouco doloroso.

Só pode ser introduzido na mulher que já teve relações sexuais, embora não precise ter tido filhos. Deve ser utilizado em pessoas com parceiros fixos, pois permite uma comunicação da vagina com o meio intra-uterino, propiciando infecções.

Na eventualidade de gestação com o DIU, deixá-lo ou retirá-lo, é uma opção da paciente. O risco de aborto com ambos os procedimentos é alto, e similar.

DIU de cobre

  • Ação: tem uma ação inflamatória no útero, impedindo a gravidez.
  • Duração: até 10 anos.


  • Indicação: pode ser usado durante a amamentação. Indicado para mulheres que não se adaptam a métodos hormonais.
  • Efeitos adversos: pode haver aumento do volume menstrual e irregularidade, por não se tratar de método hormonal.
  • Taxa de falha: 0,8% ao ano.

DIU hormonal (com levonorgestrel)

  • Ação: esse hormônio deixa a camada de dentro do útero fina (atrófica), e espessa o muco cervical, impedindo a gravidez. Ele não impede ovulação, então a paciente que tem sintomas de síndrome de tensão pré-menstrual (STPM), não é uma boa candidata a este método.
  • Duração: até 5 anos.


  • Indicação: pode ser usado durante amamentação. Indicado no tratamento do sangramento menstrual abundante e no tratamento da endometriose.
  • Taxa de falha: 0,2% ao ano.

ESTERELIZAÇÃO DEFINITIVA (Link para a Lei Nº 9.263)

São sempre opções radicais, e devem levar em consideração que é um método VOLUNTÁRIO, de COMUM ACORDO com o casal, e DEFINITIVO. A possibilidade de reversão dessas cirurgias existem, porém nem sempre traz o resultado esperado.

Laqueadura Tubárea 

  • Pode ser feita de várias maneiras, mas sempre exige internação e anestesia geral ou regional.
  • Pode ser feita via vaginal, via abdominal (como na cicatriz da cesarea), ou via laparoscópica (uma incisão abdominal pequena e duas incisões de 1 cm cada nos flancos).
  • Taxa de falha: 0,5% ao ano.

Vasectomia

  • Ação: é a ligadura (fechamento) dos canais deferentes no homem. Corta-se o canal que leva os espermatozóides do testículo até as outras glândulas que produzem o esperma (líquido). Sendo assim, o homem tem a ejaculação normal, porém sem espermatozóides.
  • É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto (saco). Não requer internação.
  • Taxa de falha: 0,1%.

Pilula do dia seguinte (Anticoncepcional de emergência)

  • É a administração de medicamentos até 72 horas após a relação desprotegida ou acidental visando prevenir a gravidez.
  • Dentro de suas características, só deve ser usada em caso de emergência, e não como método contraceptivo de rotina. 

Nem sempre surte resultados e pode ter efeitos colaterais intensos.


  • Usada até 24 horas após a relação, tem um índice de falha de 5%. Entre 25 e 48 horas, o índice de falha aumenta para 15%, e entre 49 e 72 horas, o índice chega a 42% de falhas.

 Isto significa dizer que deve ser usada tão logo seja possível após a relação desprotegida.


  • Deve sempre ser receitada pele médico e não pode ser usada de maneira habitual, pois é uma alta dose hormonal, e pode causar efeitos indesejados. Ou seja, é de emergência.


 

As indicações de uso de MAC pode incluir outros benefícios dessas medicações, como por exemplo no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOPC), ou na Endometriose.

Sempre consultar o ginecologista antes de usar ou trocar um Método Anti-Concepcional.


Voltar